Fascismo e Socialismo


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O Fascismo desenvolveu uma oposição ao socialismo e o comunismo, embora muitos fascistas houvessem sido marxistas no passado. Com relação a isso, em 1923 Mussolini declarou, na Doutrina do Fascismo:

"(...) O Fascismo [é] a completa oposição ao ... socialismo marxista, à concepção materialista da história das civilizações humanas, que explica a evolução humana como simples conflitos de interesses entre vários grupos sociais e pela mudança e desenvolvimento envolvendo os instrumentos e modos de produção...
O Fascismo, agora e sempre, acredita no sagrado e no heroísmo; quer dizer, em acções não influenciadas por motivos económicos, directos ou indirectos. E se a concepção economicista da história for negada, de acordo com a teoria de que os homens são mais do que bonecos, levados ao sabor de ondas de mudança, enquanto as forças controladoras reais estão fora de controle, disso tudo se conclui que a existência de uma luta de classes eterna é também negada — o produto natural da concepção economicista da história. E acima de tudo o Fascismo nega que a luta de classes possa ser a força preponderante na transformação da sociedade.
... A máxima que a sociedade existe apenas para o bem-estar e para a liberdade daqueles que a compõe não parece estar em conformidade com os planos da natureza... Se o liberalismo clássico acarreta individualismo, o Fascimo acarreta governo forte."
—Benito Mussolini, citação em domínio público extraída de The Internet Modern History Sourcebook.

Por mais que certos tipos de socialismo possam parecer-se superficialmente ao fascismo, deve ser destacado que as duas ideologias se chocam violentamente em muitos assuntos. O papel do Estado, por exemplo. No Socialismo, considera-se que o Estado é meramente uma "ferramenta do povo", algumas vezes chamado de "mal necessário", que existe para servir aos interesses do povo e proteger o bem comum (e algumas formas de socialismo, como o socialismo libertário, rejeitam completamente o estado). Já o Fascismo crê no Estado como um fim em si mesmo, e digno de obediência e subserviência por parte do povo.

O Fascismo rejeita as doutrinas centrais do Marxismo, que são a luta de classes e a necessidade de substituir o capitalismo por uma sociedade controlada pelo operariado, na qual os trabalhadores sejam proprietários dos meios de produção.

Um governo fascista é geralmente caracterizado como de "extrema direita" e um governo socialista, de "esquerda". Mas teóricos como Hannah Arendt e Friedrich HayekStalinismo); uma vez que os governos autoproclamados "socialistas" nem sempre mantiveram seu ideal de servir ao povo e respeitar os princípios democráticos. Muitos socialistas e comunistas rejeitam esses governos totalitários, encarados como uma forma de Fascismo com máscara de socialismo. (Veja espectro político e modelo político para mais detalhes.) argumentam que existem diferenças apenas superficiais entre o Fascismo e formas totalitárias de socialismo (veja

Socialistas e outros críticos (não necessariamente de esquerda) sustentam que não há sobreposição ideológica entre Fascismo e Marxismo; acreditam que ambas as doutrinas são diametralmente opostas. Sendo o Marxismo a base ideológica do comunismo, eles concluem que as comparações feitas por Arendt e outros são inválidas.

Mussolini rejeitou completamente o conceito Marxista de luta de classes ou a tese Marxista de que o operariado deveria apropriar-se dos meios de produção. Em 1932 ele escreveu (na Doutrina do Fascismo, por via de Giovanni Gentile):

"Fora do Estado não pode haver nem indivíduos nem grupos (partidos políticos, associações, sindicatos, classes). Então o Fascismo opõe-se ao Socialismo, que confina o fluxo da história à luta de classes e ignora a unidade de classes estabelecida em uma realidade económica e moral do Estado."

A origem esquerdista do líder fascista italiano Mussolini, como um antigo líder da ala mais radical do partido socialista italiano, tem sido frequentemente notada. Após a sua viragem para a direita, Mussolini continuou a empregar muito da retórica do socialismo, substituindo a classe social pela nação como a base da lealdade política.

Também é frequentemente notado que a Itália fascista não nacionalizou quaisquer indústrias ou entidades capitalistas. Em vez disso, ela estabeleceu uma estructura corporativista influenciada pelo modelo de relações de classe avançado pela Igreja Católica. De facto, existe uma grande quantidade de literatura sobre a influência do Catolicismo no fascismo e nas ligações entre o clero e os partidos políticos na Europa antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar de o fascismo italiano ter proclamado a sua antítese ao socialismo, a história pessoal de Mussolini no movimento socialista teve alguma influência sobre ele. Elementos da prática dos movimentos socialistas que ele reteve foram:

  • A necessidade de um partido de massas;
  • A importância de obter o apoio entre a classe trabalhadora
  • técnicas de disseminação de ideias tais como o uso de propaganda.

O Manifesto Fascista original continha um determinado número de propostas para reformas que também eram comuns entre os movimentos socialista e democráticos e eram desenhados para apelar à classe trabalhadora. Estas promessas foram geralmente ignoradas uma vez que os fascistas tomaram o poder.

Críticos apontam que os Marxistas e os sindicalistas foram os primeiros alvos e as primeiras vítimas de Mussolini e de Adolf Hitler uma vez que eles chegaram ao poder. Eles também notam o antagonismo que resultou em lutas de rua entre fascistas e socialistas, incluindo:

  • a Batalha de Cable Street de 1936 em Londres entre Trotskistas e membros do Partido Comunista da Grã-Bretanha contra simpatizantes de Mosely
  • lutas de rua na Alemanha anteriormente à chegada ao poder de Hitler.

Mussolini também imprisionou Antonio Gramsci desde 1926 até 1934, depois de Gramsci, um líder do Partido Comunista Italiano e uma figura intelectual destacada, tentar criar uma fronte comum entre a esquerda política e os trabalhadores, por forma a resistir e derrotar o fascismo. Outros líderes comunistas italianos tais como Palmiro Togliatti foram para o exílio e lutaram pela república em Espanha.

Uma mais séria manifestação do conflito entre fascismo e socialismo foi a Guerra Civil Espanhola, já mencionada neste artigo.

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A Origem da Ideologia do Fascismo


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Bem muitos falam, mas quase ninguém tem argumento para um debate descente sobre o dito assunto então vamos agora postar as origens da ideologia chamada Fascismo italiano

Etimologicamente, o uso da palavra fascismo na história política italiana moderna recua aos anos da década de 1890 na forma dos fasci, que eram grupos políticos radicais que proliferaram nas décadas anteriores à Primeira Guerra Mundial. (ver Fascio para mais informação sobre este movimento e sua evolução).

Em 1928, ainda a doutrina fascista não tinha sido oficialmente definida, W. Y. Elliott, da Universidade de Harvard, considerava que o fascismo revelava um "pragmatismo" decerto recebido de Papini, Pantaleone, Pareto, e Sorel.

A primeira parte do texto Doutrina do Fascismo terá sido escrito por Giovanni Gentile, um filósofo idealista na linha de Hegel, e que serviu como o filósofo oficial do regime. A segunda parte terá sido escrita por Mussolini, mas é este quem assina o verbete e o texto foi-lhe atribuído oficialmente. Nesse texto e nas notas da edição de 1935, dois autores são especialmente referidos como antecessores do Fascismo: Giuseppe Mazzini e Ernest Renan. Entre outros, são também invocados como fontes do "grande rio" que vem a desaguar no Fascismo: Georges Sorel, Charles Peguy e Hubert Lagardelle.

Estabelecer a origem da ideologia do Fascismo, tem gerado muito controversia entre os historiadores. Partindo dos tributos intelectuais efectivamente pagos por Mussolini a Giuseppe Mazzini e Ernest Renan, é possível identificar as raízes fundamentais para o seu nacionalismo e estatismo, e também para o seu culto da acção e da violência. Vários autores têm no entanto procurado encontrar outras raízes, sugerindo que nem tudo aquilo que caracterizou a ideologia fascista tem origem nas ideias de Mazzini e Renan.

Uma vez que tanto Sorel como Peguy foram influenciados por Henri Bergson, aí poderia estar também uma das origens do fascismo. Bergson rejeitava o cientismo, a evolução mecânica e o materialismo histórico de Karl Marx. Bergson falou também de um élan vital como um processo evolucionário. Ambos estes elementos de Bergson aparecem no fascismo.

Hubert Lagardelle, um conhecido escritor sindicalista, foi influenciado por Pierre-Joseph Proudhon, que é a figura inspiradora do anarco-sindicalismo, portanto nos antípodas da doutrina de Mussolini acerca do Estado.

Foram também referidas as influências do tradicionalismo recebidas por Mussolini. Sergio Panunzio, um teórico do fascismo na década de 1920, tinha um passado sindicalista mas a sua influência diminuiu à medida que o movimento se distanciou das suas raízes esquerdistas.

Também se quis ver no conceito fascista do corporativismo de Estado, em particular a sua teoria da colaboração de classes e relações económicas e sociais regidas pelo Estado, semelhança com as ideias expostas pelo Papa Leão XIII na sua encíclica de 1892 Rerum Novarum.

Esta encíclica reflectia sobre a condição de vida dos operários transformada pela Revolução Industrial, criticando o capitalismo e a exploração das massas operárias na indústria, propondo aos católicos com responsabilidade nos governos que acolhessem e respeitassem as reivindicações dos trabalhadores através dos seus sindicatos, protegendo os seus povos da exploração. Pedia também aos Católicos para aplicarem os princípios da justiça social às suas próprias vidas.

Na encíclica criticava-se o conceito de luta de classes e a visão socialista que apontava para a eliminação da propriedade privada como solução para o problema da exploração. Em alternativa, propunha a solidariedade social entre as classes sociais a realizar através da reactivação de um Corporativismo de Associação como o que fora praticado pelas guildas medievais. A ideia era a de se constituírem sociedades políticas nas quais se reconhecesse os diversos sectores do trabalho. Na defesa do Corporativismo de Associação da encíclica papal, se quis ver a defesa do Corporativismo de Estado enunciado por Mussolini. Em flagrante contradição com a doutrina fascista acerca do papel a desempenhar pelo Estado, dizia-se na referida encíclica: "não é justo que o indivíduo ou a família sejam absorvidos pelo Estado, mas é justo, pelo contrário, que aquele e esta tenham a faculdade de proceder com liberdade, contando que não atentem contra o bem geral, e não prejudiquem ninguém." - "O Governo é para os governados e não vice-versa"

O fascismo também se teria baseado em Gabriele D'Annunzio e na Constituição de Fiume, aplicada na sua efémera "regência" da cidade de Fiume. O Sindicalismo teria tido uma influencia no fascismo, pelo facto de alguns sindicalistas se terem cruzado com as ideias de D'Annunzio. Antes da Primeira Guerra Mundial, o sindicalismo era tido como uma doutrina militante para a revolução da classe trabalhadora. Distinguia-se do Marxismo porque insistia que o melhor caminho para a classe trabalhadora se liberar era o sindicato em vez do partido. Em 1908, o partido socialista italiano expulsou os sindicalistas. O movimento sindicalista dividiu-se entre o anarco-sindicalismo e outras tendências mais moderadas. Alguns desses "moderados" terão começado a promover os chamados "sindicatos mistos" de trabalhadores e patrões. Nesta linha de acção, eles teriam absorvido alguns ensinamentos dos teóricos católicos, mas expandindo as teorias de um Corporativismo de Associação para um Corporativismo de Estado, desviando-se das influências de D'Annuzio e aproximando-se de ideais mais Estatistas.

Quando foi publicada a tradução italiana do livro Au-delà du marxisme, de Henri de Man, Mussolini estaria inquieto e escreveu que o criticismo de Man havia destruído qualquer elemento "científico" ainda existente no Marxismo. Mussolini achava que a sua organização Corporativa no Estado, com as novas relações entre trabalho e o capital completamente submetidas ao Estado, iriam eliminar o "conflito de interesses econômicos" e portanto neutralizar o "germe da luta de classes".

Pensadores socialistas que rejeitaram as idéias convencionais, Robert Michels, Sergio Panunzio, Ottavio Dinale, Agostino Lanzillo, Angelo Oliviero Olivetti, Michele Bianchi, e Edmondo Rossoni promoveram essa tentativa de reconciliar o socialismo com o Estatismo.

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O fascismo segundo Mussolini

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Postaremos em 3 partes este artigo sobre O fascismo segundo Mussolini

Índice:
Introdução
Ideias Fundamentais

Doutrina Política e Social

Doutrina Política e Social

Até ao inverno de 1914, Mussolini é um socialista. Em 1919, quando são lançados os fasci em Milão, não têm uma doutrina, mas têm um programa e, sobretudo, têm a "fé". Rejeitam o Socialismo reformista de Bernstein, integrando a "esquerda revolucionária" que privilegia a doutrina da acção. Depois da guerra, o Socialismo reformista estaria já morto como doutrina. Nessa altura, com as expedições punitivas da Itália decorrendo em pano de fundo, os fasci estavam confrontados com várias forças politicas - "liberais, democratas, socialistas, maçónicos, e com o Partito Popolare" – , e respectivas doutrinas. Isto enquanto enfrentavam vários problemas; como o da relação entre o indivíduo e do Estado; o da relação entre autoridade e liberdade; e o problema nacional italiano.

Entre a “Marcha sobre Roma” (Outubro de 1920) e os anos 1926, 1927, e 1928, o Fascismo foi sendo espelhado nas leis e instituições do regime fascista. A doutrina do Fascismo é apresentada por Mussolini como um produto do seu exercício do poder na Itália dos anos 20. Em 1932, por fim, o Fascismo estaria já definido como regime e como doutrina.

Neste texto, em 1932, Mussolini começa por negar três ideias-chave: 1. O pacifismo; 2. O internacionalismo. 3. A equação “bem-estar = felicidade”. Mas nega também três doutrinas políticas modernas que lhe são anteriores: o socialismo, o liberalismo e a democracia.

Estas doutrinas têm a sua própria história, que Mussolini enuncia com brevidade: do socialismo utópico (Fourier, Owen, Saint-Simon) saíra o socialismo científico de Marx; do Iluminismo do século XVIII saíra o liberalismo do século XIX; do enciclopedismo saíra a doutrina democrática. Cada uma dessas doutrinas terá chegado ao século XX, superando as respectivas origens em resposta a novas necessidades.

Segundo Mussolini, o Fascismo estaria agora a abrir uma nova época realizando uma síntese doutrinária que a todas superaria. Encontrara um campo de doutrinas em ruína, a partir das quais construíra um novo edifício - “O fascismo, das ruínas das doutrinas liberal, socialista, e democrática, extrai aqueles elementos que têm ainda um valor de vida.” (Il fascismo dalle macerie delle dottrine liberali, socialistiche, democratiche, trae quegli elementi che hanno ancora un valore di vita).

Diz-nos pouco acerca do que aproveita, mas esclarece o que rejeita. O Fascismo, segundo Mussolini, do socialismo científico, rejeita o materialismo histórico (determinismo económico) e o conceito de luta de classes; do liberalismo, recusa a economia e a política, e tanto por razões doutrinárias como por razões históricas (a Itália sofrera a derrocada sob o liberalismo); da democracia, recusa o sufrágio universal que “dá ao povo a ilusão de ser soberano, enquanto a verdadeira e efectiva soberania está noutras forças irresponsáveis e secretas" (dà al popolo l'illusione di essere sovrano, mentre la vera effettiva sovranità sta in altre forze talora irresponsabili e segrete). Até 1922, o fascismo fora republicano; o dilema república ou monarquia estaria porém já ultrapassado. Uma invocação histórica justifica o argumento, fazendo-nos pensar uma vez mais em Giuseppe Mazzini: “A República Romana foi morta por uma República irmã, a da França.”

O Fascismo de Mussolini vinha colocar uma concepção da “vida como luta” no centro da sua doutrina; afirma-se “pragmatico”, no seu desejo de poder, desejo de viver, na sua atitude face à violência, na afirmação da violência como valor. “Activismo, quer dizer nacionalismo, futurismo, fascismo.”

Para Mussolini, assim como o século XIX fora o século do indivíduo, o século XX seria o século do Estado. Foram referidas acima as ideias essenciais da sua doutrina do Estado. Mas falta citar a "iluminação pré-fascista" de Ernest Renan, que a terá motivado:

“A razão, a ciência – dizia Renan, que teve uma iluminação pré-fascista numa das suas Meditações filosóficas - são produtos da humanidade, mas querer a razão directamente pelo povo e através do povo é uma quimera. Não é necessário pela existência da razão que todo o mundo a conheça. Em todo o caso se tal iniciação se devesse fazer não seria feita através da baixa democracia, que parece conduzir à extinção da alta cultura, e da mais elevada disciplina. O princípio de que a sociedade existe somente para o bem estar e a liberdade dos indivíduos que a compõem não parece estar em conformidade com os planos da natureza, planos nos quais a espécie só é tomada em consideração e o indivíduo parece sacrificado. É de temer fortemente que a última palavra da democracia assim entendida (...) não seja um estado social no qual uma massa degenerada não teria outra preocupação que gozar os ignóbeis prazeres do homem vulgar”

O último parágrafo do texto explica a razão de ser da sua doutrina: o Estado fascista é uma vontade de potência e de império. A tradição romana é aqui uma ideia força (Lo Stato fascista è una volontà di potenza e d'imperio. La tradizione romana è qui un'idea di forza).

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O fascismo segundo Mussolini

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Introdução
Ideias Fundamentais

Doutrina Política e Social

Ideias Fundamentais

Sob o título "ideias fundamentais", os assuntos surgem distribuídos por 13 parágrafos, mas com as notas arrumadas no anexo em 11 títulos)] "La Dottrina del fascismo")] :
  • 1. Concepção filosófica. Apresenta o Fascismo como acção (prática) e pensamento (ideia) político. Considera que toda a acção é contingente ao espaço e ao tempo, havendo no seu pensamento um "conteúdo ideal que a eleva a fórmula de verdade na história superior do pensamento" (un contenuto ideale che la eleva a formula di verità nella storia superiore del pensiero). Diz que "para se conhecer os homens é preciso conhecer o homem; e para conhecer o homem é preciso conhecer a realidade e as suas leis" ("Per conoscere gli uomini bisogna conoscere l'uomo; e per conoscere l'uomo bisogna conoscere la realtà e le sue leggi"); não há um conceito de Estado que não seja uma concepção da vida e do mundo.
  • 2. Concepção espiritual. É a partir de uma "concepção espiritual" que o homem é definido pelo fascismo. Na sua concepção, o homem é um ''indivíduo que é nação e pátria" (L'uomo del fascismo è individuo che è nazione e patria); há, na sua perspectiva, "uma lei moral que liga os indivíduos e as gerações numa tradição e numa missão" ("legge morale che stringe insieme individui e generazioni in una tradizione e in una missione");
  • 3. Concepção positiva da vida como luta. A sua "concepção espiritual" define-se por oposição ao materialismo filosófico do século XVIII; sendo antipositivista, é porém positiva (antipositivistica, ma positiva); não é céptica, nem agnóstica, nem pessimista (non scettica, né agnostica, né pessimistica). Pretende o homem activo e impregnado na acção com toda a sua energia. O que se aplica ao indivíduo, aplica-se à nação;
  • 4. Concepção ética. Tem uma concepção ética da vida, "séria, austera, religiosa": "tutta librata in un mondo sorretto dalle forze morali e responsabili dello spirito"; o fascismo desdenha a vida "cómoda";
  • 5. Concepção religiosa. O homem é visto numa relação imanente com uma lei superior, com uma Vontade objectiva que transcende o indivíduo particular e o eleva a membro de uma sociedade espiritual (l'uomo è veduto nel suo immanente rapporto con una legge superiore, con una Volontà obiettiva che trascende l'individuo particolare e lo eleva a membro consapevole di una società spirituale).
  • 6. Concepção histórica e realista. O homem é visto como um ser na história, num fluxo continuo em processo de evolução; tem no entanto uma visão "realista", não partilhando o optimismo do materialismo filosófico do século XVIII que via o homem a caminho da "felicidade" na terra;
  • 7. O indivíduo e a liberdade. A concepção fascista é definida como "anti-individualista", colocando o Estado antes do indivíduo (Antiindividualistica, la concezione fascista è per lo Stato); o liberalismo negou o Estado no interesse dos indivíduos particulares, o fascismo reafirma o Estado como a verdadeira realidade do indivíduo (Il liberalismo negava lo Stato nell'interesse dell'individuo particolare; il fascismo riafferma lo Stato come la realtà vera dell'individuo). Para o fascismo, tudo está no Estado - a sua concepção é totalitária ("per il fascista, tutto è nello Stato, e nulla di umano o spirituale esiste, e tanto meno ha valore, fuori dello Stato. In tal senso il fascismo è totalitario, e lo Stato fascista, sintesi e unità di ogni valore, interpreta, sviluppa e potenzia tutta la vita del popolo"). Para o fascismo, fora do Estado não há valores humanos ou espirituais.
  • 8. Concepção do Estado corporativo. "Não há indivíduos fora do Estado, nem grupos (partidos políticos, associações, sindicatos, classes)" (Né individui fuori dello Stato, né gruppi (partiti politici, associazioni, sindacati, classi)); defende um corporativismo no qual os interesses são conciliados na unidade do Estado ("nel sistema corporativo degli interessi conciliati nell'unità dello Stato"); diz-se contrário ao socialismo que reduz o movimento histórico à luta de classes e, analogamente, é também contrário ao sindicalismo.
  • 9. Democracia. O fascismo opõe-se à democracia que entende a nação como a maioria, descendo o seu nível ao maior número; o fascismo considera-se no entanto como "a mais pura forma de democracia se o povo for considerado do ponto de vista da qualidade em vez da quantidade", como uma "multidão unificada por uma ideia, que é vontade de existência e de potência: consciência de si, personalidade" ("moltitudine unificata da un'idea, che è volontà di esistenza e di potenza: coscienza di sé, personalità"). O fascismo defende "uma democracia organizada, centralizada, autoritária", exercida através do partido único.
  • 10. Concepção do Estado. Para o Fascismo a nação não cria o Estado; é o Estado que cria a nação. Considera o Estado como a expressão de uma "vontade ética universal", criadora do direito, e "realidade ética". Na sua concepção é o Estado "que dá ao povo unidade moral, uma vontade, e portanto uma efectiva existência" ("che dà al popolo, consapevole della propria unità morale, una volontà, e quindi un'effettiva esistenza").
  • 11. Realidade dinâmica. Na concepção fascista o Estado deve ser o educador e o promotor da vida espiritual. Para alcançar o seu objectivo, quer refazer não a forma da vida humana, mas o conteúdo, o homem, o carácter, a fé ("Vuol rifare non le forme della vita umana, ma il contenuto, l'uomo, il carattere, la fede").

A filosofia do Fascismo, tal como a definiu Mussolini, é assim uma filosofia essencialmente moderna e modernista.

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O fascismo segundo Mussolini


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Introdução
Ideias Fundamentais

Doutrina Política e Social

Introdução:

Benito Mussolini, num discurso proferido na Câmara dos Deputados no dia 26 de Maio de 1927, disse uma frase que define concisamente a ideologia do fascismo: "Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato" ("Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado")

Mais tarde, num artigo da Enciclopedia Italiana de 1932 ("La Dottrina del fascismo", it) , escrito por Giovanni Gentile e Benito Mussolini, o fascismo é, além de explicitado nas suas principais linhas filosóficas, descrito como uma doutrina cujo "fundamento é a concepção do Estado, da sua essência, das suas competências, da sua finalidade. Para o fascismo o Estado é um absoluto, perante o qual indivíduos e grupos são o relativo. Indivíduos e grupos são «pensáveis» enquanto estejam no Estado" (Caposaldo della dottrina fascista è la concezione dello Stato, della sua essenza, dei suoi compiti, delle sue finalità. Per il fascismo lo Stato è un assoluto, davanti al quale individui e gruppi sono il relativo. Individui e gruppi sono «pensabili» in quanto siano nello Stato).

Nesse texto de 1932, Mussolini identifica "no grande rio do Fascismo", as correntes que nele vão desaguar, e que terão as suas fontes em Georges Sorel, Charles Peguy, Hubert Lagardelle do Movimento Socialista, e nos sindicalistas italianos que, entre 1904 e 1914, terão trazido um novo tom ao ambiente do socialismo italiano - Angelo Oliviero Olivetti da Pagine Libere, Orano de a Lupa, o Enrico Leone de Divenire sociale.

Em 1928, na "Autobiografia" ditada a Richard Washburn Child, Mussolini disse que estudou muito o risorgimento e o desenvolvimento da vida intelectual italiana depois de 1870, que "meditou muito com os pensadores alemães", que admirava os franceses, e que um dos livros que mais o tinha interessado fora A Psicologia das Multidões de Gustave Le Bon. Colocando-se o problema da Revolução, Mussolini rejeitava o bolchevismo, e que, a ser realizada uma Revolução em Itália, esta deveria ser "tipicamente italiana", firmando-se "nas dimensões magnificentes das ideias de Mazzini e com o espírito de Carlo Pisacane"

Em 1932, Mussolini diz que o Fascismo terá recebido muitas influências, mas que estas não constituíram o Fascismo: "um partido que governa totalitariamente uma nação, é um facto novo na história" (Un partito che governa totalitariamente una nazione, è un fatto nuovo nella storia). E acrescenta que "não há pontos de referência ou de comparação" com os seus antecessores. No entanto, Mussolini diz também no mesmo texto que o francês Ernest Renan teve "iluminações pré-fascistas" (Renan, che ebbe delle illuminazioni prefasciste") e que o Fascismo fez seu o duplo conselho de Giuseppe Mazzini: Pensamento e Acção.

Entre os antecessores, em 1932, Renan e Mazzini são afinal os únicos autores a quem Mussolini aceita pagar algum tributo intelectual. Com estas ressalvas, Mussolini insiste no entanto em proclamar a "novidade do fascismo", apresentando, em apêndice (edição de 1935), as referências que remetem para os seus próprios discursos e textos (edição com o apêndice, en).

Mussolini diz-nos também neste texto o que o Fascismo não é. O fascismo não se filia no pensamento contra-revolucionário: Mussolini não toma "Joseph de Maistre como seu profeta"; Mussolini diz que o Fascismo respeita a Igreja, mas recusa a sua religião, a "eclesiolatria" (ecclesiolatria), como lhe chama.

O corpo do texto está dividido em duas partes: 1ª. Ideias fundamentais; e 2ª. Doutrina Política e Social.

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Especial de estréia do blog - Parte 5

Nesse artigo postaremos em 5 partes diárias a vida de Mussolini

Índice

Parte 1: Origens
Parte 2: Carreira política
Parte 3: Invasão de outros países e Segunda Guerra
Parte 4: Morte
Parte 5: Investigação sobre sua morte

Parte 5: Investigação sobre sua morte

As últimas horas de vida de Mussolini foram vasculhadas por um tribunal do júri de Pádua, em maio de 1957. Mas o processo não esclareceu as circunstâncias da execução. Até hoje não se sabe, de fato, quem disparou os tiros mortais. O pesquisador Renzo de Felice suspeita que o serviço secreto britânico tenha tramado a captura junto com os partigiani.
Michele Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros antifascistas que matou o ditador, morreu em 1995, aos 86 anos em Como (norte da Itália). Moretti, que na época da guerrilha usava o codinome "Pietro", levou para o túmulo o segredo sobre quem realmente disparou contra Mussolini e sua amante.
Alguns historiadores italianos afirmam que o próprio Moretti matou os dois. Para outros, o autor dos disparos, feitos com a metralhadora de "Pietro", foi outro partigiano, chamado Walter Audisio. É certo, porém, que a ação foi obra da Resistência italiana.

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Especial de estréia do blog - Parte 4

Nesse artigo postaremos em 5 partes diárias a vida de Mussolini

Índice

Parte 1: Origens
Parte 2: Carreira política
Parte 3: Invasão de outros países e Segunda Guerra
Parte 4: Morte
Parte 5: Investigação sobre sua morte

Parte 4: Morte

Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães do Hotel/prisão de Gran Sasso em 12 de Setembro de 1943 em ação de resgate liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche (OAK).

Fundou a República Social Italiana, no Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o fuzilaram a 28 de abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram: "Atirem aqui" (disse ele apontando o peito). "Não destruam meu perfil". O seu corpo e o de Clara ficaram expostos à execração pública durante vários dias, numa praça de Milão.

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decidimos não expor a imagem referente a morte de Mussolini, pois consideramos muito forte, mas se mesmo assim você quiser ver clique aqui