O fascismo segundo Mussolini

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Postaremos em 3 partes este artigo sobre O fascismo segundo Mussolini

Índice:
Introdução
Ideias Fundamentais

Doutrina Política e Social

Doutrina Política e Social

Até ao inverno de 1914, Mussolini é um socialista. Em 1919, quando são lançados os fasci em Milão, não têm uma doutrina, mas têm um programa e, sobretudo, têm a "fé". Rejeitam o Socialismo reformista de Bernstein, integrando a "esquerda revolucionária" que privilegia a doutrina da acção. Depois da guerra, o Socialismo reformista estaria já morto como doutrina. Nessa altura, com as expedições punitivas da Itália decorrendo em pano de fundo, os fasci estavam confrontados com várias forças politicas - "liberais, democratas, socialistas, maçónicos, e com o Partito Popolare" – , e respectivas doutrinas. Isto enquanto enfrentavam vários problemas; como o da relação entre o indivíduo e do Estado; o da relação entre autoridade e liberdade; e o problema nacional italiano.

Entre a “Marcha sobre Roma” (Outubro de 1920) e os anos 1926, 1927, e 1928, o Fascismo foi sendo espelhado nas leis e instituições do regime fascista. A doutrina do Fascismo é apresentada por Mussolini como um produto do seu exercício do poder na Itália dos anos 20. Em 1932, por fim, o Fascismo estaria já definido como regime e como doutrina.

Neste texto, em 1932, Mussolini começa por negar três ideias-chave: 1. O pacifismo; 2. O internacionalismo. 3. A equação “bem-estar = felicidade”. Mas nega também três doutrinas políticas modernas que lhe são anteriores: o socialismo, o liberalismo e a democracia.

Estas doutrinas têm a sua própria história, que Mussolini enuncia com brevidade: do socialismo utópico (Fourier, Owen, Saint-Simon) saíra o socialismo científico de Marx; do Iluminismo do século XVIII saíra o liberalismo do século XIX; do enciclopedismo saíra a doutrina democrática. Cada uma dessas doutrinas terá chegado ao século XX, superando as respectivas origens em resposta a novas necessidades.

Segundo Mussolini, o Fascismo estaria agora a abrir uma nova época realizando uma síntese doutrinária que a todas superaria. Encontrara um campo de doutrinas em ruína, a partir das quais construíra um novo edifício - “O fascismo, das ruínas das doutrinas liberal, socialista, e democrática, extrai aqueles elementos que têm ainda um valor de vida.” (Il fascismo dalle macerie delle dottrine liberali, socialistiche, democratiche, trae quegli elementi che hanno ancora un valore di vita).

Diz-nos pouco acerca do que aproveita, mas esclarece o que rejeita. O Fascismo, segundo Mussolini, do socialismo científico, rejeita o materialismo histórico (determinismo económico) e o conceito de luta de classes; do liberalismo, recusa a economia e a política, e tanto por razões doutrinárias como por razões históricas (a Itália sofrera a derrocada sob o liberalismo); da democracia, recusa o sufrágio universal que “dá ao povo a ilusão de ser soberano, enquanto a verdadeira e efectiva soberania está noutras forças irresponsáveis e secretas" (dà al popolo l'illusione di essere sovrano, mentre la vera effettiva sovranità sta in altre forze talora irresponsabili e segrete). Até 1922, o fascismo fora republicano; o dilema república ou monarquia estaria porém já ultrapassado. Uma invocação histórica justifica o argumento, fazendo-nos pensar uma vez mais em Giuseppe Mazzini: “A República Romana foi morta por uma República irmã, a da França.”

O Fascismo de Mussolini vinha colocar uma concepção da “vida como luta” no centro da sua doutrina; afirma-se “pragmatico”, no seu desejo de poder, desejo de viver, na sua atitude face à violência, na afirmação da violência como valor. “Activismo, quer dizer nacionalismo, futurismo, fascismo.”

Para Mussolini, assim como o século XIX fora o século do indivíduo, o século XX seria o século do Estado. Foram referidas acima as ideias essenciais da sua doutrina do Estado. Mas falta citar a "iluminação pré-fascista" de Ernest Renan, que a terá motivado:

“A razão, a ciência – dizia Renan, que teve uma iluminação pré-fascista numa das suas Meditações filosóficas - são produtos da humanidade, mas querer a razão directamente pelo povo e através do povo é uma quimera. Não é necessário pela existência da razão que todo o mundo a conheça. Em todo o caso se tal iniciação se devesse fazer não seria feita através da baixa democracia, que parece conduzir à extinção da alta cultura, e da mais elevada disciplina. O princípio de que a sociedade existe somente para o bem estar e a liberdade dos indivíduos que a compõem não parece estar em conformidade com os planos da natureza, planos nos quais a espécie só é tomada em consideração e o indivíduo parece sacrificado. É de temer fortemente que a última palavra da democracia assim entendida (...) não seja um estado social no qual uma massa degenerada não teria outra preocupação que gozar os ignóbeis prazeres do homem vulgar”

O último parágrafo do texto explica a razão de ser da sua doutrina: o Estado fascista é uma vontade de potência e de império. A tradição romana é aqui uma ideia força (Lo Stato fascista è una volontà di potenza e d'imperio. La tradizione romana è qui un'idea di forza).

Agradecimentos: Wikipedia


Um comentário:

Anônimo disse...

Na boa, esse site é imitação pura da wikipedia

Usou Control C e Control V e ainda fala que é um trabalho de História....


Seus merdas....