Fascismo e Socialismo


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O Fascismo desenvolveu uma oposição ao socialismo e o comunismo, embora muitos fascistas houvessem sido marxistas no passado. Com relação a isso, em 1923 Mussolini declarou, na Doutrina do Fascismo:

"(...) O Fascismo [é] a completa oposição ao ... socialismo marxista, à concepção materialista da história das civilizações humanas, que explica a evolução humana como simples conflitos de interesses entre vários grupos sociais e pela mudança e desenvolvimento envolvendo os instrumentos e modos de produção...
O Fascismo, agora e sempre, acredita no sagrado e no heroísmo; quer dizer, em acções não influenciadas por motivos económicos, directos ou indirectos. E se a concepção economicista da história for negada, de acordo com a teoria de que os homens são mais do que bonecos, levados ao sabor de ondas de mudança, enquanto as forças controladoras reais estão fora de controle, disso tudo se conclui que a existência de uma luta de classes eterna é também negada — o produto natural da concepção economicista da história. E acima de tudo o Fascismo nega que a luta de classes possa ser a força preponderante na transformação da sociedade.
... A máxima que a sociedade existe apenas para o bem-estar e para a liberdade daqueles que a compõe não parece estar em conformidade com os planos da natureza... Se o liberalismo clássico acarreta individualismo, o Fascimo acarreta governo forte."
—Benito Mussolini, citação em domínio público extraída de The Internet Modern History Sourcebook.

Por mais que certos tipos de socialismo possam parecer-se superficialmente ao fascismo, deve ser destacado que as duas ideologias se chocam violentamente em muitos assuntos. O papel do Estado, por exemplo. No Socialismo, considera-se que o Estado é meramente uma "ferramenta do povo", algumas vezes chamado de "mal necessário", que existe para servir aos interesses do povo e proteger o bem comum (e algumas formas de socialismo, como o socialismo libertário, rejeitam completamente o estado). Já o Fascismo crê no Estado como um fim em si mesmo, e digno de obediência e subserviência por parte do povo.

O Fascismo rejeita as doutrinas centrais do Marxismo, que são a luta de classes e a necessidade de substituir o capitalismo por uma sociedade controlada pelo operariado, na qual os trabalhadores sejam proprietários dos meios de produção.

Um governo fascista é geralmente caracterizado como de "extrema direita" e um governo socialista, de "esquerda". Mas teóricos como Hannah Arendt e Friedrich HayekStalinismo); uma vez que os governos autoproclamados "socialistas" nem sempre mantiveram seu ideal de servir ao povo e respeitar os princípios democráticos. Muitos socialistas e comunistas rejeitam esses governos totalitários, encarados como uma forma de Fascismo com máscara de socialismo. (Veja espectro político e modelo político para mais detalhes.) argumentam que existem diferenças apenas superficiais entre o Fascismo e formas totalitárias de socialismo (veja

Socialistas e outros críticos (não necessariamente de esquerda) sustentam que não há sobreposição ideológica entre Fascismo e Marxismo; acreditam que ambas as doutrinas são diametralmente opostas. Sendo o Marxismo a base ideológica do comunismo, eles concluem que as comparações feitas por Arendt e outros são inválidas.

Mussolini rejeitou completamente o conceito Marxista de luta de classes ou a tese Marxista de que o operariado deveria apropriar-se dos meios de produção. Em 1932 ele escreveu (na Doutrina do Fascismo, por via de Giovanni Gentile):

"Fora do Estado não pode haver nem indivíduos nem grupos (partidos políticos, associações, sindicatos, classes). Então o Fascismo opõe-se ao Socialismo, que confina o fluxo da história à luta de classes e ignora a unidade de classes estabelecida em uma realidade económica e moral do Estado."

A origem esquerdista do líder fascista italiano Mussolini, como um antigo líder da ala mais radical do partido socialista italiano, tem sido frequentemente notada. Após a sua viragem para a direita, Mussolini continuou a empregar muito da retórica do socialismo, substituindo a classe social pela nação como a base da lealdade política.

Também é frequentemente notado que a Itália fascista não nacionalizou quaisquer indústrias ou entidades capitalistas. Em vez disso, ela estabeleceu uma estructura corporativista influenciada pelo modelo de relações de classe avançado pela Igreja Católica. De facto, existe uma grande quantidade de literatura sobre a influência do Catolicismo no fascismo e nas ligações entre o clero e os partidos políticos na Europa antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar de o fascismo italiano ter proclamado a sua antítese ao socialismo, a história pessoal de Mussolini no movimento socialista teve alguma influência sobre ele. Elementos da prática dos movimentos socialistas que ele reteve foram:

  • A necessidade de um partido de massas;
  • A importância de obter o apoio entre a classe trabalhadora
  • técnicas de disseminação de ideias tais como o uso de propaganda.

O Manifesto Fascista original continha um determinado número de propostas para reformas que também eram comuns entre os movimentos socialista e democráticos e eram desenhados para apelar à classe trabalhadora. Estas promessas foram geralmente ignoradas uma vez que os fascistas tomaram o poder.

Críticos apontam que os Marxistas e os sindicalistas foram os primeiros alvos e as primeiras vítimas de Mussolini e de Adolf Hitler uma vez que eles chegaram ao poder. Eles também notam o antagonismo que resultou em lutas de rua entre fascistas e socialistas, incluindo:

  • a Batalha de Cable Street de 1936 em Londres entre Trotskistas e membros do Partido Comunista da Grã-Bretanha contra simpatizantes de Mosely
  • lutas de rua na Alemanha anteriormente à chegada ao poder de Hitler.

Mussolini também imprisionou Antonio Gramsci desde 1926 até 1934, depois de Gramsci, um líder do Partido Comunista Italiano e uma figura intelectual destacada, tentar criar uma fronte comum entre a esquerda política e os trabalhadores, por forma a resistir e derrotar o fascismo. Outros líderes comunistas italianos tais como Palmiro Togliatti foram para o exílio e lutaram pela república em Espanha.

Uma mais séria manifestação do conflito entre fascismo e socialismo foi a Guerra Civil Espanhola, já mencionada neste artigo.

Agradecimentos: Wikipedia



5 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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Anônimo disse...

muito bom!